Rentabilidade: momento é propício para investir em imóveis

31/03/2020min de leitura

Quem quer investir em um imóvel tem um momento bem favorável. Isso porque com a estratégia da Caixa Econômica Federal de reduzir os juros nos financiamentos imobiliários e também torna-los fixos, os outros bancos privados também estão seguindo o movimento para continuarem competitivos e não perderem espaço no mercado de imóveis.

Para financiar imóveis, a Caixa reduziu sua taxa de 6,75% para 6,5% ao ano mais TR (taxa referencial de juros, que atualmente está em zero). Além disso, também lançou uma nova linha de crédito habitacional com taxa fixa. A nova modalidade é válida para imóveis novos e usados com quota de financiamento de até 80% do valor do imóvel. Assim, o cliente pode escolher entre o sistema de amortização (com parcelas decrescentes – para contratos de até 360 meses) e o Price (com parcelas fixas em até 240 meses). Enquanto isso, outros bancos já começaram a se movimentar e estão oferecendo, inclusive, melhores condições que as anteriores (algo em torno de 7%), mas, claro, para clientes com bom relacionamento (e bom score no Serasa!).

De acordo com a presidente da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), Cristiane Portella, novas reduções podem até ocorrer, mas nada na magnitude vista até agora. E, algo muito positivo que tem acontecido, de acordo com ela, é a possiblidade de portabilidade do financiamento. “Há uma contraofensiva dos bancos para renegociar as condições e não perder o cliente”, disse em entrevista concedida à Revista Exame.

Portabilidade

Se você já tem um financiamento imobiliário, pesquisou e achou outro banco com uma proposta mais atraente, você pode fazer a portabilidade. Porém, para o advogado especialista em Direito do Consumidor, Willer Fleury, é importante estar atento ao que regulamenta o Banco Central. “O cliente deve observar que quando é feita a portabilidade, o número de parcelas não pode aumentar. Além disso, como o valor da prestação pode ser alterado, o cliente deve expressar de forma escrita a ciência do ato”. O advogado orienta ainda que o banco contratado pode requerer, ainda, uma nova avaliação do imóvel, o que pode deixar de ser vantajoso para o devedor.

O que também pode fazer com que a transferência do financiamento não seja tão vantajosa assim, é o custo de registro do contrato junto à matrícula do imóvel. “Dependendo do caso, o valor dessa despesa não compensa a “vantagem” que o consumidor poderia ter com os juros mais baixos”, alerta o especialista.

Novos financiamentos

Antes de fechar qualquer contrato, o consumidor deve pensar (e analisar) muito além do que somente se as parcelas cabem no bolso. E, Willer Fleury traz três dicas preciosas para não errar. Confira:
- Taxa de juros anual: como dito, a Caixa traz a taxa de 6,5% e os demais bancos seguem em competitividade. Por isso, a orientação é pesquisar !
- Taxas previstas no contrato: O consumidor deve analisar todo o contrato com muita atenção e cautela. Para se sentir mais seguro, o ideal é contar com o auxílio de um advogado especialista na área ou com o Procon.
- Custo efetivo total da operação: é através dele que se torna possível saber o valor real ao final do contrato. Por exemplo: você quer comprar um imóvel e, mesmo com a entrada, ainda precisa financiar R$ 100 mil. Ao final do contrato, esse valor financiado pelo banco, será outro (maior, claro). É nessa hora que o cliente precisa fazer as contas e saber exatamente o que vai pagar.

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