Tendências na construção civil para 2022
A construção civil é um dos setores que melhor conseguiu se adaptar ao período de pandemia e manter-se aquecido, e inicia o ano de 2022 com altas expectativas.
TENDÊNCIAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL PARA 2022
A construção civil é um dos setores que melhor conseguiu se adaptar ao período de pandemia e manter-se aquecido, e inicia o ano de 2022 com altas expectativas. De acordo com dados da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), nos nove primeiros meses de 2021, o setor contabilizou R$ 3,47 bilhões em vendas e 7.775 unidades vendidas, enquanto o volume de vendas do ano de 2020 foi de R$ 3,3 bilhões, com 5.168 unidades comercializadas. Os números elevam as perspectivas para o novo ano e, igualmente, atestam a capacidade do segmento de investir em inovações que o mantiveram não somente em alta, como em crescimento.
A inovação, aliada à qualidade e maior agilidade aos clientes, sempre esteve presente na construção civil. De acordo com o diretor de Marketing, Comunicação e Eventos da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Marcelo Moreira, o setor apenas antecipou tendências diante do advento de surto de Covid-19 e, no pós-pandemia, está em processo constante de modernização, com empreendimentos cada vez mais tecnológicos e, ao mesmo tempo, que priorizam o conforto e o lazer dos moradores.
Alguns dos fatores que fizeram a diferença para o mercado em 2021 tendem a se fortalecer ao longo deste ano, conforme aponta o diretor de incorporação da Terral Incorporadora, Marcelo Borges. “Temos buscado constantemente construir cada vez mais valor para o cliente. Sempre tivemos uma preocupação com as nossas plantas, pelo capricho no acabamento e na escolha de materiais, assim como em ofertar espaços confortáveis para o uso. Isso faz uma enorme diferença”, afirma. Ainda segundo o empresário, a entrega de apartamentos mais completos, empreendimentos mais sustentáveis e a digitalização de processos estão entre os destaques para 2022.
De acordo com o diretor executivo da Terral Brasília, Cesar Durão, seletividade e qualidade são as palavras de ordem para o ano. “Entre os destaques estão projetos autorais com identidade, conceitos de biofilia ativa, sustentabilidade e tecnologia de vanguarda e ambientes comuns que promovam o bem-estar e qualidade de vida, que tenha como objetivo fazer com que o cliente se imagine morando, feliz e realizado”, enfatiza.
Listamos a seguir alguns pontos que prometem se destacar na construção civil neste ano. Confira:
Tecnologia
Principal motor que contribuiu para suavizar o impacto da pandemia no setor desde o início de 2020, a tecnologia tende a fortalecer ainda mais elementos que se tornaram fundamentais nos últimos dois anos. Entre pontos como assinatura digital, maquetes virtuais, tours 360º, realidade aumentada, como tantos outros, a tendência é de mais inovações. “É imprescindível pensar em como aprimorar a forma de interagir com os nossos clientes, seja na necessidade de uma segunda via de boleto, um chamado de pós-obra ou mesmo um processo de personalização. Além, é claro, maneiras para tornar mais fácil a jornada digital de conhecimento dos nossos produtos e isso passa, sem dúvidas, pela realidade virtual e aumentada”, afirma o empresário. Nesse sentido, a tecnologia também se converte em um ciclo que visa aproximar a empresa, seus processos e o cliente, desde as ferramentas que possibilitam a atualização de novidades e uma comunicação on-line mais ágil e eficiente, até o contato humano mais claro e em tempo real a partir da procura do cliente.
Otimização de tempo e recursos
Do mesmo modo, o que diz respeito tanto aos processos realizados durante uma obra em si, quanto aos momentos que sucedem a entrega do apartamento aos clientes e moradores, têm sido revistos para garantir mais otimização de tempo e recursos, e maior praticidade. “A construção civil evoluiu muito no quesito segurança e no gerenciamento do tempo, na logística dentro dos canteiros com a movimentação de materiais e até no controle dos operários em tempo real”, complementa. Esse planejamento de serviços no seu todo visa ainda mais assertividade no cumprimento de prazos e no tempo destinado a cada fase de uma obra, assim como nos custos operacionais, por exemplo. Nesse cenário, a tecnologia está intimamente ligada a esses recursos, tanto é que o Building Information Modeling ou BIM, software que dá mais precisão aos passos que devem ser seguidos na construção, se mostra como grande aposta do mercado para 2022.
Sustentabilidade
Se em alguma altura, anos atrás, os elementos sustentáveis de um empreendimento despontavam principalmente como só diferenciais competitivos, a realidade mudou. Com as questões que envolvem o meio ambiente como urgência a nível mundial, a sustentabilidade tornou-se emergencial. E não há como contestar os dados. De acordo com um levantamento realizado pelo U.S. Green Building Council, uma construção sustentável emite 33% menos carbono, exige 45% menos de energia elétrica e usa 54% menos água no dia a dia. E o país tem se mostrado mais atento a esse cenário. O Brasil ficou em 4º lugar no ranking de projetos sustentáveis do certificado mais importante do setor, o Leadership in Energy and Environmental Design (LEED), atrás somente de Estados Unidos, China e Índia, respectivamente.
“Sempre fizemos uma criteriosa escolha dos nossos fornecedores de forma que fossem os que menos impactassem no meio ambiente, mas estamos indo além. Situações que o mercado culturalmente não aceitou muito bem em outro momento, como o gesso acartonado ou dry wall, causam muito menos impacto ao meio ambiente e precisam se tornar padrão do mercado. Todos os países desenvolvidos só constroem assim. Entendo que houve um erro no passado quando a tecnologia foi introduzida, na incapacidade de mostrar todas as suas vantagens. Um simples reparo elétrico ou hidráulico numa situação de alvenaria convencional e no dry wall bastaria para convencer qualquer um do quanto faz a diferença um sistema mais evoluído”, afirma Marcelo.
“Investimos também em conceitos sustentáveis como, por exemplo, o uso da biofilia ativa e valorizamos a matriz energética fotovoltaica, mesmo que de forma parcial, procurando com isso melhorar o bem-estar dos futuros moradores do prédio e contribuindo positivamente com a preservação do meio-ambiente”, complementa ainda Cesar Durão.
Conforto e adaptação
O entendimento e a busca por qualidade de vida, inegavelmente, adquiriram uma recolocação entre as prioridades das pessoas ao longo dos últimos anos. “Na Terral, nós temos buscado constantemente construir cada vez mais valor para o cliente. Sempre tivemos uma preocupação com as nossas plantas, pelo capricho no acabamento e escolha dos materiais. Espaços confortáveis e adaptáveis para os diferentes perfis e composições familiares estão e estarão entre os mais buscados neste ano”, explica. Ambientes versáteis e adaptáveis se tornaram os queridinhos, independentemente até mesmo da metragem, mas com garantias de elementos aos quais o consumidor tem se mostrado mais atento, tais como integração, espaços abertos, ventilação direta, iluminação funcional, entre outros.
Desburocratização de processos
Apesar de essenciais, a comunicação mais assertiva e o relacionamento humanizado com os clientes em outro momento também foram tidos pelo mercado como diferenciais competitivos. Mas em um movimento também estimulado pelo período de pandemia, passaram a ocupar outro patamar entre as prioridades. “Sempre fomos reconhecidos pela nossa forma de tratar o nosso cliente, e estamos somando a isso ferramentas de automatização para aqueles processos que o cliente quer tratar de forma autônoma algumas necessidades do cotidiano”, garante o executivo. E, igualmente, é um movimento que busca tornar determinadas funções e etapas do processo de uma aquisição imobiliária mais claras para o entendimento do cliente, como escrituras, questões jurídicas, financiamentos, entre outros. “A proximidade entre a incorporadora e o cliente é crucial, trata-se de uma via de mão dupla em que a confiança é o principal. O aperfeiçoamento da comunicação e do contato mais próximo e direto com o cliente, desde o primeiro momento do interesse em um imóvel até após a entrega das chaves, é muito mais do que uma tendência, mas um compromisso do qual o mercado não pode abrir mão”, enfatiza.